Sabiamente, os antigos romanos batizaram o primeiro mês do ano com uma homenagem ao deus Jano. Uma marcante característica desse deus são suas duas faces: uma voltada para frente e outra para trás, uma voltada para o passado, outra lançada ao futuro.
Tal qual Jano, janeiro é um mês de fronteira entre o antigo e o novo ano. Simbolicamente, em janeiro, de um lado podemos contemplar o tempo passado, de outro lançamos nossos planos para o futuro incerto. Passado é memória, futuro são planos - de fato eles não existem. Tudo que temos é o presente! É nele que decidimos nossas vidas, é nele que nos alegramos e labutamos. Não temos as duas faces de Jano, temos apenas em nossas mãos o presente. Esta é a nossa vitória ou derrota, nossa alegria e tristeza, nossos planos, decepções e realizações. A vida é esta que se apresenta diante de nós, não existe outra, é "tudo ao mesmo tempo agora", é amor fati!