Escolheu cuidadosamente um banco de concreto no parque. Titubeou um sentar macio com ajuda de sua onipresente bengala. Abriu ruidosamente uma surrada sacolinha de supermercado. Sacou um livro e começou lê-lo, fazendo breve anotações nos cantos da página. Exibia um áurea intelectual em meio a toda aquela juventude que apenas exercitava seus peitorais e bíceps. Sua aliança, devidamente reluzente na mão esquerda, simbolizava uma fidelidade que nem a morte havia alterado. O tempo passava diante de seus olhos lúcidos, o tempo corroía suas carnes, suas juntas, sua pele... no entanto, sua mente não.