14.8.15

[reflexões]...o amor

O texto hebraico bem diz: "O Amor é mais forte que a morte". O amor surge sorrateiramente e forte na alma. Como uma doença se espalha por todo o corpo. Aloja-se no coração, mudando os compassos do viver. Aloja-se na mente, criando uma ânsia incontrolável.
Esse amor, filho da abundância e da carência, é sempre insatisfeito, sempre incompleto. Ora manisfesta sua altivez e nobreza, ora se desfaz em sua completa mendicância e pobreza.
O amor enlouquece, engrandece, adoece e plenifica.
Só entende a sua magia quem já amou. Só aceita sua sandice que já em seu braços enlouqueceu.
Em um mundo gravido de tanto ódio, o amor dança sutilmente pelas ruas. Somente o vê, o percebe, o toca aqueles que abrem-se plenamente ao novo, ao desestruturante artifício divino de incessantemente criar inusitados mundos.
O verdadeiro amor nada exige, a tudo se sujeita. O verdadeiro amor é esse bem-querer silencioso, esse guardar o sono, esses singelos gestos que fecundam a vida. O bom de amar é que a vida se torna bela, ganha sentidos e se torna mais forte que a morte.